terça-feira, 30 de junho de 2009

O final do "nosso" poema

Raiar do sol foi sem dúvida o poema que mais me custou escrever
porque sabia que a luta que se adivinhava era completamente desigual,
e eu como pai consciente, nao queria baixar as armas sabendo que a missão
era impossivel. Não podia fraquejar perante uma grande filhota que naquela altura fazia quimio.
Fui escrevendo no telemóvel e lendo para ela, perguntando-lhe se soava bem, se achava isto ou aquilo melhor e assim saiu o poema inacabado para mim ...

Faltava o resto que não queria escrever mas que me atormentava todos os segundos (o depois da batalha ) ...

RAIAR DO SOL II

Depois de tanta luta, de tanto sofrimento
perdemos a batalha...
No teatro da guerra cambaleamos moribundos
nos ombros dos amigos.
Parece tudo irreal, um pesadelo sem fim
o meu parceiro de luta ganhou tanta força
que nem consigo engolir...

O cenário da batalha ainda cheira a pólvora
e as lágrimas derramadas de quem perdeu,
acalmam o levantado de quem quer esquecer...


Carlos
obrigado a todos os que lutaram a meu lado nesta luta desigual